A origem de todo sistema começa na embriologia. Todo sistema nervoso central, deriva-se da placa neural.
No ínicio da 3° semana do desenvolvimento embrionário o ectoderma começa a se desenvolver, tornando-se em tecido neural. Ao fim da 3° semana quando as celulas das pregas neurais se elevam e fundem-se, as células das bordas do sulco neural se separam do tubo neural constituindo a crista neural. Na crista neural forma-se uma depressão, o chamado sulco neural. Com o desenvolvimento progressivo da crista neural, forma-se inicialmente uma goteira neural, para dar origem ao tubo neural, que tem uma vesícula neural mais anterior de onde vão se originar as estruturas encefálicas.
O tubo neural é constituído de uma parede e uma cavidade (lume). Essa cavidade é transformada em ventrículos encefálicos e em canal central da medula espinhal. A parede é constituída pelo neuro eptélio germinativo, fonte de todos os neurônios e células da neuróglia do SNC.
O neuroepitélio se organiza a partir do lume em direção a periferia do tubo, cada célula ocupa inteiramente a parede do tubo. A posição dos núcleos destas células no epitélio germinativo possui uma correlação intima com sua fase no ciclo mitótico, a síntese de DNA acontece na fase S da mitose. Enquanto as células se preparam para divisão, seus núcleos migram dentro do citoplasma do tubo em direção ao lume, onde entram em mitose propriamente dita.
As células do neuroepitélio sofrem divisões mitóticas antes de se transformarem em células progenitoras bipotenciais. As origens de células do SNC podem ser rastreadas até suas células tronco que são totipotentes, o revestimento da cavidade do SNC que são o epitélio germinal e a zona ventricular, que mais tarde será o epêndima.
As células do manto dão origem aos neurônios e células da glia. Os prolongamentos dos neuroblastos, neurônios em diferenciação, se estendem para a margem externa se dando a formação da zona marginal, primórdio da substância branca, e o primórdio da substância cinzenta, está presente na zona do manto onde são encontrados os corpos dos neuroblastos associados as células gliais.
As células progenitoras neuronais formam os neuroblastos, que são bipolares transformando-se em unipolares. As células progenitoras gliais tem uma progênie com várias linhagens. Uma delas formará os oligodendrócitos, outra os astrócitos e a linhagem de células gliais radiais que orientam a migração dos neurônios jovens. Terminada a migração neuronal por volta da metade da gestação humana essas células podem se transformar em outros tipos de células gliais. As micróglias, neuróglias também pertencem ao SNC, originam-se dos monócitos, células sanguíneas originadas de ilhotas sanguíneas do mesoderma.
Na medula espinhal e no bulbo, possuem três padrões de divisão a 1°, mais próxima ao lume, e a zona ependimária, a 2° intermediária a zona do manto, e a 3° mais externa a zona marginal.
No encéfalo, processos como a migração das células, crescimento diferencial e morte celular programada na zona do manto (apoptose), produzem modificações no padrão das três camadas. A formação do encéfalo tem ínicio com a formação do tubo neural e seu desenvolvimento na porção cefálica do tubo, deste desenvolvimento, resultam as vesículas encefálicas.
No cérebro e cerebelo a situação definitiva é diferente do padrão medular, na camada mais profunda os neuroblastos se aglomeram formando núcleos de substância cinzenta merulhados em substância branca.
No final da 4° semana, o tubo neural, na região cefálica do embrião, desenvolve-se formando três vesículas neurais: o prosencéfalo (Cérebro anterior), o mesencéfalo (Cérebro médio), e o rombencéfalo (Cérebro posterior). A formação destas vesículas se dá tão logo se fecham os neuporos antrior (que se fecha no 25° dia) e posterior (que se fecha no 27° dia), os quais representam áreas ou regiões nas quais ainda nao ocorreu a fusão das pregas neurais. Já na 5° semana, a região cefálica do tubo neural, que antecede o segmento relacionado com a formação da medula nervosa, estrutura-se em 5 vesículas, devido à subdivisão do prosencéfalo e do rombencéfalo. Dessa forma, resultam da subdivisão posencefálica o telencéfalo e o diencéfalo, enquanto do rombencéfalo surgem o metencéfalo e o mielencéfalo. O mesencéfalo, permanece como vesícula indivisível.
O prosencéfalo que surge na quarta semana divide-se em duas vesículas o telencéfalo e diencéfalo.
O telencéfalo consiste na porção mais rostral do prosencéfalo. Desenvolve-se em dois divertículos laterais que estruturam os hemísférios cerebrais e uma porção mediana denominada lâmina lateral. Estes hemisférios surgem no ínicio da 5° semana, e suas cavidades constítuem os ventrículos laterais, os quais se comunicam com o diencéfalo pelos forames interventriculares de Monro.
O diencéfalo corresponde a vesícula prosencefálica que surge, na 5° semana entre o telencéfalo e o mesencéfalo. A vesícula diencefálica mostra-se constituída de um teto e duas placas alares (uma de cada lado), de suas paredes laterais, na área do terceiro ventrículo desenvolvem-se três saliências: o epitálamo, o tálamo e o hipotálamo. As placas alares que contituem estas paredes sofrem sulculinização, e deste modo, surgem sulcos que separam estas saliências.
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